terça-feira, 23 de outubro de 2012
Estereótipo completo
O maior prêmio
sábado, 4 de agosto de 2012
Reflexões ao vento...
Ele, corajoso, montou com minha ajuda, meio desajeitado, segurou firme as rédeas e, com atitude, bateu os pezinhos na pança do cavalo e saiu a trote, como se aquilo lhe fosse natural. Fiquei orgulhosa e ao mesmo tempo assustada com seu amadurecimento.
Passou as próximas horas do dia "treinando" para poder sair pro campo...
Bom:
- Mãe, vamos sair pro campo, já estou pronto!
- Será, meu filho?... Melhor esperarmos até amanhã, tu podes treinar mais.
- Não, mãe, eu sei que estou pronto.
- Então, vamos lá.
Saímos para o campo, cada um com seu cavalo, lado a lado...
Bom começa a ficar para trás... Paro para esperá-lo e escuto sua voz, em uma intensa reflexão:
"Eu estou aqui...
sozinho em um cavalo...
minha mãe ao meu lado...
neste campo, neste vento....
Acho que estou gostando muito disso..."
Fiquei sem palavras e sem saber definir meus sentimentos naquele
momento, um misto de amor e gratidão, de orgulho e surpresa.
segunda-feira, 16 de julho de 2012
Papo sério, com final amoroso...
Seis anos bem vividos!
quinta-feira, 12 de julho de 2012
"Preciso contar essa: Ontem estávamos, eu e a Cris, minha mulher, lendo pro meu filho menor, Caio, o livro Chapeuzinho Amarelo, do Chico Buarque. Depois da história, a mãe perguntou se ele conseguia ler uma palavra que ela escolhera. Ele sempre fica meio avesso às coisas que acha que não é capaz de fazer bem... Pois bem, foi diferente, foi lá e venceu o medo de juntar todas as letras e disse pausadamente M_E_D_O e repetiu: medo! Tá escrito medo! E seguiu desvendando tantas outras! Em seguida, entendendo a lógica do que acontecera, pediu: Pai, me dá uma caneta e uma folha de papel? Escreveu devagarzinho, desenhando as letrinhas: Amor Bibiana - a amiguinha da escola de quem ele tanto gosta. Pra isso servem as palavras! Chorei de alegria. Filho, te amo."
quarta-feira, 27 de junho de 2012
Círculo da vida
quarta-feira, 30 de maio de 2012
Falou e disse!
terça-feira, 15 de maio de 2012
Tédio na festa
- O que estavas fazendo sozinho na rua, Bom?
Ele:
- Ah, eu gosto de andar assim na rua, quando estou entediado!
Aniversário
Mamãe e Dadá, como sempre, fizeram uma festa de estilo, com trem-fantasma, esqueleto, fantasminhas e até um cemitério, onde estavam enterradas muitas coisas que a gente gostaria que desaparecessem da terra: ódio, poluição, desmatamento, Justin Bieber (este, após muita relutância do Bombom, que confessa gostar do cantor, mas foi vencido pelo voto da maioria da família...).
Convite da festa:
domingo, 25 de março de 2012
Vocabulário de domingo
Hoje, domingo, a família em casa. Mamãe foi ajeitar umas coisas no pátio, e por lá estavam as rodas que Dadá comprou pra Kombi. Bombom se achega e, vendo aquele material brilhante, pergunta:
-O que é isso, mãe?
-Ah, são as rodas novas da Kombi.
Ele: -Estupendo, mãe! Colossal!
Mamãe, de boca aberta, fica se perguntando de onde vem esse vocabulário pomposo e, como sempre, utilizado na hora e na forma adequadas...
segunda-feira, 12 de março de 2012
Gurizinho bom-caráter
Vó Tetê, Conrado e Bom no carro, voltando da escola. Conrado pega um joguinho que está por ali, em que cada carta é uma pergunta. Vai perguntando pro Bom:
O que você gosta mais, de TV ou computador? -Ah, eu não sei!
Ué, diz o que tu mais gosta! -Eu não consigo decidir! (o que é um problema pra ele, em várias ocasiões, às vezes indo às lágrimas, por não conseguir optar por uma só coisa). Antes que as lágrimas cheguem, Vovó aconselha: Tá bem, Conrado, passa pra outra!
Quem é seu maior amigo? -Conrado é meu maior amigo!
O que deixa você irritado? -Quando Conrado briga comigo.
Qual é a pessoa mais divertida que você conhece? -O Dadá.
O que ele faz pra ser divertido? -Circo!
O que é mais importante na vida? -O mais importante é a família.
O que é que tem mais valor no mundo, pra você? -O que tem mais valor é a família
Bombom compositor
Ano passado, no Dia das Mães, Bom fez uma musiquinha. Tardiamente, mas sempre em tempo, coloco aqui a letra:
Você que é tão querida e me ama tanto assim
Em toda a sua vida vai se lembrar de mim
Você é tão fofinha, você é o presente
É o presente que Deus me deu
Eu não sou nada
Sem você
Por amor, te deixo tudo que você quiser
Eu acho que você é um anjo! Você é o presente
É o presente que Deus me deu
Aceite este presente meu!
Um último abraço, pra você!
Conhecedor de esporte
Sábado, dia 10, Vó Tetê e Vô Ed foram levar os netos ao Clube de golfe, em Belém Novo, onde os dois estão tendo aulas. Bom não estava muito a fim, mas acabou se rendendo aos pedidos da vó e do professor, e aceitou dar umas tacadinhas.
Depois de algum tempo, vó escuta o papo dele com o professor:
- Olha, os caras olham assim e pensam que golfe é só isso, pegar o taco e jogar a bolinha, mas – como é difícil, né?
Papo de homem, sem dúvida!
Prato comestível
Hora do almoço, em casa. Mamãe serve a comida pro Bom, em cujo prato se vê arroz branco, feijão preto, carne e mais um purê colorido. Conrado só quer purê, e mamãe insiste em que ele coma de forma mais variada.
E explica: - A gente deve servir um prato colorido, pois as cores significam diferentes nutrientes. Conrado acha que encontrou a solução: - Ah, então vou pintar um prato com todas as cores, e aí vou ter um prato colorido!
Bom não perde a oportunidade: - Bom, mas aí o difícil vai ser tu comer esse prato!
Férias ou vacaciones?
A família saiu em férias para Montevidéu, em fevereiro. Estando lá há alguns dias, Bom já se familiarizava com o idioma estrangeiro, falando algunas cositas em castelhano. Uma noite, estavam comendo uma pizza em um lugar encontrado ao acaso, uma rua calma e deserta, uma única mesa na calçada. Bom tem vontade de fazer xixi, mas ir ao banheiro significava sair dali e entrar no local, pegar chave e tal. Mamãe sugeriu uma solução mais simples, já que o ambiente estava deserto mesmo e havia uma árvore dando sopa:
- Faz ali, no escurinho da árvore!
– Não! É na rua!
– Mas não tem ninguém, só hoje, faz ali!
Ele insiste mais um pouco, mas, vencido, vai se dirigindo para a árvore, não sem antes declarar sua anuência em bom espanhol:
-“Bueno...”
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
Teatro aquático...
Semana passada, ainda um janeiro quentíssimo em Porto Alegre, Bom e Conrado vêm visitar vovó e vovô. Conrado, que já tem amigos no prédio, desce para ficar na piscina. Dali a pouco, Bom quer ir também. Chegando lá, vê que os meninos estão todos na piscina infantil, e fica feliz, pois gosta de estar no meio dos amigos do Conrado (que festejam a chegada dele, chamando-o de Míni-Conrado, pois a semelhança entre os irmãos está aumentando).
Ficam todos lá, brincando, Bom meio agressivo, porque talvez se sinta meio à parte, entre todos os meninos maiores, e quer compensar isso mostrando que é fisicamente forte. De repente, um menino sai e vai para a piscina grande, e em seguida todos vão atrás. Ele se vê sozinho na piscina pequena e fica indignadíssimo. E o choro logo começa, junto com os lamentos:
- Eu fiquei aqui sozinho, eu não gosto de ficar sozinho! O Conrado não liga pra mim, vai com os amigos dele! Eu choro muito!
E continua chorando muito, mesmo, seguindo a legenda...
Vovó tenta consolá-lo:
- Os meninos são maiores, são amigos do Conrado, ele tem que ficar com eles. E podes aproveitar, tens a piscina pequena toda pra ti!
Inútil argumentação. Ele segue mergulhando, pulando na água, mas sempre chorando alto e se queixando. Chega uma vizinha e senta ao lado da vovó, perguntando o que houve. Nada o distrai. Vovó consegue finalmente tirá-lo da água, veste-lhe o roupão de toalha e o convida para ir tomar um banho morninho na banheira, em casa.
E lá vão os dois, ele segue atrás, emburrado e se lamentando em brados:
- Eu fiquei lá sozinho na piscina! E eu não gosto de ficar sozinho, tu sabe! E tu não fez nada por mim! Ficou lá sentada, conversando! E eu ali, chorando!
E dê-lhe choro e lamentações, um teatro digno de palco...