Bombom metafísico

Essa história foi contada pelo Papai. Aconteceu ontem,

domingo, 19-12-2010.

Mamãe havia colocado a piscininha sob a copa da bergamoteira, pra proteger do sol. Afinal, o Bom e o mano Conrado adoram ficar horas a fio dentro d'água.
Bom brinca sozinho, dentro da pisci, à sombra da bergamoteira, e mostra seus truques aquáticos para o pai. Saltos e manobras e tal. Ele se mexe muito, pra espantar o frio da água, que já não pega muito sol.

De repente, pára e diz ao pai: “Dadá, tu sabes que eu fui o primeiro homem que teve a coragem de colocar a mão na água fria?"

Dadá responde: "Primeiro mesmo, filho?"

Bom replica: “É, talvez não seja o primeiro...afinal, as coisas acontecem todas ao mesmo tempo..."

Ataque de amor

Quarta-feira passada, Vovô Ed foi buscar Bombom e Conrado nas suas escolas. Primeiro Bombom, pois ele adora procurar Conrado no pátio e ir a seu encontro. Desta vez, pediu ao vovô: Deixa eu ir sozinho achar o Conrado!
Vovô ficou de longe, observando, e viu quando Bombom enxergou o irmão e correu para ele, abraçando-o pelas pernas e exclamando: - Conrado, eu te amo!

Tudo bem, os dois saíram de mãos dadas para o carro.
Chegando no carro, Conrado, que, por já ter completado 10 anos, sempre vai sentado à frente, no banco do carona, já se preparava para entrar, quando Bombom, ajeitando-se na sua cadeirinha, pede: - Conrado, vem atrás comigo! Conrado não está muito a fim, mas ele insiste: - Vem atrás comigo, Conrado!

O irmão tenta ainda se livrar: - Mas por quê, Bombom? E ele: - Porque eu te amo! Conrado, paciente, não teve escolha, foi sentar atrás para enfrentar aquele ataque explícito de afetividade.

Propaganda eficiente

A família foi visitar uns amigos. Lá pelas tantas, Bombom e a tia Clara ficaram os dois na sala, ela se aproximou bem e comentou: - Como estás cheiroso! Ele, honestamente, retrucou: - E isso que eu ainda nem tomei banho! Ela: - Ah, deve ser o teu xampu! Ele, o sabe-tudo: - Não, eu já sei: é o meu sabonete. É Lifebuoy! Mata 100% das bactérias!

Melenas

Domingo passado, 28 de novembro, foi um dia importante para a família. Além de ser realizada a Primeira Comunhão do Conrado, Bombom teve os cabelos cortados – a primeira vez, depois de 4 anos!
(Em breve, foto atualizada...)

Escarlatina

Mês passado, Bombom teve escarlatina. Pobre criança. É uma doença que dá febre muito alta e bolhas pelo corpo todo. Precisou fazer uma injeção de Benzetacil. É das coisas mais doloridas que há, mas ele enfrentou bravamente o sacrifício, já que era a maneira mais rápida de combater o bichinho. Ficou uns dez dias com bolhas tão numerosas que às vezes era difícil pôr o pezinho no calçado ou no chão, tantas eram as lesões.
Depois de passada a pior fase, mãos e pés descascaram por um bom tempo, mas ele, a princípio interessado em puxar as peles soltas, seguiu depois à risca os conselhos da mamãe, de não tocar, para não criar feridas maiores. Ainda ontem estava contando suas aventuras para uma senhora que sentou a seu lado: - Eu tive escarlatina e tive que tomar “abezentacil”. Pobrezinho de mim, né?

Bombom fotógrafo (de novo)

Na saída com a vovó para o supermercado, Bombom pede emprestada a câmera do vovô. Resultados: um autorretrato e uma imagem do detalhe das tramas do tecido da cadeirinha.

Primo Cristian também está na Cow Parade

Bombom na Cow Parade!

Cabecinha pensante

Sábado passado, onze e tanto da noite, Dadá liga pra Vovó só pra contar mais uma pro blog:

Bombom estava na cozinha, brincando com massinha de modelar. Fez uma estrutura e juntou um plástico preto, explicando: Aqui é o meu cinema! Vem, Dadá, vem ver um filme no meu cinema!

Dadá pergunta: Ah, e qual é o filme que tá passando no teu cinema, Bom?

Resposta: É: “Me ensine a ser negro” !

Ante a surpresa geral, Mamãe se interessa em assistir. Ele recomenda: E tem cuidado, porque é um filme de terror!

Nota da editora: Conrado está estudando, no colégio, as questões da vinda dos negros para o Brasil, e os horrores do processo da escravidão. Bombom escuta, quando o mano fala a respeito. Seria essa a origem da preocupação em tentar vivenciar o “ser negro”????

Esperteza

Quando chega na escola, Bombom faz de tudo para prorrogar o momento da separação: inventa, pede beijo, dá um monte de beijos, leva a mamãe ou a vovó até o portão da saída.

Outro dia, parecia especialmente dedicado a encontrar maneiras de fazer a vovó permanecer o máximo de tempo com ele: pediu para contar uma história. Vovó capitulou (é fácil...) e sentou-se com ele num banco, já prevenindo: “Tá certo, mas vamos combinar: eu conto uma história, só uma, e depois tu vais pra aula.” Ele concorda: “Tá bem!” Mas, em seguida, lembra que, embora tenha concordado com a exigência, ainda dispõe de um artifício para alongar um pouco mais o precioso tempo: “Ah, mas tem que ser longa!...”

Cuidado com a palavra

Vovó foi buscar Bombom na escola. Normalmente, quem acompanha nesse trajeto, no carro, é o mano Conrado, mas nesse dia quem estava junto era o primo Cristian (9 anos).

Os dois sentados atrás, Cristian, sempre bem-humorado, contando histórias divertidas do colégio. Bombom, volta e meia, comentando: “Esta foi mesmo muito engraçada!”

Depois de um silêncio, Bombom refletiu e confessou: “Tetê, é muito bom vir com o Cristian!” O primo logo retruca: “Ah, então com o Conrado não é tão bom? Ele é muito chato?”

E Bombom, sentindo que o terreno era delicado e não desejando desprestigiar o irmão amado, improvisa: “Hhmm, ele é quase chato...”

Pequeno cidadão

No dia do primeiro turno das eleições, ao ver Mamãe saindo de casa para votar, Bombom recomenda: “Não vai desperdiçar o teu voto, hein? Não vota em branco!”

De pesadelo...

Na terça-feira, depois da Ginástica Olímpica, foram almoçar no União, Bombom, Conrado, Mamãe e Luigi.
Luigi é colega do Conrado e os dois, quando se juntam, é bagunça na certa. Mês passado, quando foi pernoitar na casa do Conrado, a baderna foi grande, e Bombom se lembra bem.
Assim, no almoço, lá pelas tantas da conversa, Conrado, resolvendo imitar o irmão e homenagear o amigo, sai-se com esta: “Luigi, tu é o amigo dos meus sonhos!”
Bombom, tendo na cabecinha a recordação da visita tumultuada, ri muito e sentencia: “Sonho, não! É o pesadelo!...”

De sonho...

Segunda-feira, Conrado estava especialmente gentil com o irmão. Entrando no carro, abriu a porta para Bom entrar.
Ao chegar na casa da Bisa, repetiu o gesto, com direito a salamaleque. Bombom se emocionou: “Conrado, tu é o irmão dos meus sonhos!...”

Cabecinha a mil...

Bombom para mamãe:

- Mãe! Minha cabeça tá explodindo!

Mamãe, preocupada:

- Tá com dor de cabeça, Bom?

Ele:

- Não! São muitos pensamentos! Eu não consigo controlar!

(E baixinho:) Carros... titãs... mutações...

Amor demais atrapalha...

Bombom se anima, chegando na casa da Vovó: Hoje eu vou dormir na tua casa!
Em seguida, porém, emenda:
- É, mas eu não posso...
- Por quê, Bombom?
- É que eu tô sem o Conrado...

Dia da Vovó

26 de julho, Dia da Vovó. Bombom telefona e comanda: “Tetê, sou eu, Bombom. Hoje tu me busca às 5 horas na Doce Mel. E tem mais uma coisa: Eu quero ser o primeiro a sair!”
Vovó chega na escolinha 10 pras 5, ele se atira no colo, curtindo o momento, sentindo que é um dia especial ou querendo fazer a homenageada feliz, e beija, beija, beija, beija.
Vovó se emociona, que delícia! Overdose de carinho!

Ele dá a programação: Eu vou pra tua casa, vamos fazer um bolo de frutas, depois vamos brincar com o robô e depois jogar no computador.

Vovó não tinha se programado para tanto, anda ficando no hospital pra cuidar do Biso, mas, ao final, o plano, embora incompleto, se realiza: sem frutas frescas em casa, Vovó o convence de que nozes e amêndoas também são frutas e o bolo, feito a 4 mãos, fica bem bonito. E Vovô Ed o ajuda a encontrar os jogos desejados no micro. Final feliz para todos, esse foi um belo Dia da Vovó.

Declaração pública de amor

Bombom, Conrado e Vovó no shopping.
Conrado se distancia um pouco, à frente, Bombom o chama dramaticamente: Eu não sou ninguém sem ti, Conrado!

Gurizinho atencioso

Segunda-feira, 12 de julho, Biso saiu do hospital. Ontem à noite, todo o mundo foi visitá-lo em casa. Dadá chegou mais tarde, depois que Bombom e Vovó já estavam fazendo umas estripulias. Ao ouvir Dadá chegando, Bombom resolve: Vou me esconder! Vovó decide se esconder também, e os dois se amontoam na cama do Biso, com cobertores por cima.

Dadá chega, todos avisam que Bombom não está. Dadá senta na cama e diz: Puxa, que cama boa, tão fofa! Bombom ri muito, embaixo das cobertas. Até que Dadá ergue as cobertas e dá o flagra. Risos, abraços e beijos. Fim da brincadeira.

Bombom pergunta pra Vovó: Tu gostou, Tetê?
Vovó se derrete: o neto, além de dividir a brincadeira, ainda se interessa em saber se ela também se divertiu... É muito boa essa vida de avó!

Sou rural!

Na Escolinha, a profe avisa para a turma que, na semana seguinte, irão todos fazer um passeio em um sítio na área rural da Grande Porto Alegre. Bombom não se entusiasma, e a profe tenta encontrar alguns atrativos:
- Lá tem galinhas!
- Eu tenho galinha na minha casa, e ajudo a Mãe a buscar os ovos, de manhã!
- Lá tem cavalo!
- Na fazenda da minha vó Kika também tem cavalo, eu até já andei.
- Vamos conhecer a área rural!
- Eu já sou rural, moro em Belém Novo.
O passeio saiu, mas com a ausência do “aluno rural”...

Tal avô, tal neto?

Bombom, Vovó e Vovô foram ao shopping. Vovô foi fazer o pé na podóloga, Bombom e Vovó foram tomar um suco.

Ele, brincando com um bonequinho em cima da mesa, pergunta de repente:

- Por que o Ed foi fazer o pé, que nem as meninas?
Ops! Vovó explica que o Vovô precisa, pra não ficar com dores. Bombom retruca:

- Eu não faço os pés!

Mas logo se entrega, para os dois rirem juntos:

-Eu só pinto as unhas!

Garoto espertinho

Indo para a escola, Vovó e Bombom no banco de trás do carro, o engarrafamento habitual permite que, parados em uma esquina, eles vejam, saindo de um edifício e prestes a entrar em um carro, duas mulheres que levam ao colo um cachorro cuja pata dianteira está enfaixada e imobilizada. Quando elas entram no carro, Vovó comenta: Acho que estão levando o cachorro ao médico. Bombom observa a pata do bicho, muito bem imobilizada, trabalho certamente feito por profissional, e lasca: Eu acho que ele já foi no médico!

Fotos do aniversário de 4 anos

Bombom estava realmente feliz nesse dia. Mas, na hora em que ouviu toda a gente cantando um Parabéns só pra ele, emocionou-se e caiu no choro!...

Saudade é um problema

Dadá foi viajar, então, no domingo passado, cedinho. Bombom sente falta e, embora não verbalize a saudade, começa a apresentar um comportamento meio diferente: fica manhoso, não quer isso, não quer aquilo, até a voz parece que voltou a parecer com a de um bebê.

Mamãe tenta animá-lo, convida pra comer alguma coisa, oferece um filme pra verem juntos, senta pra brincar, nada dá resultado, ele continua aborrecido. Por fim, ela pensa que talvez ouvir uma história o alegre. Pega um livro e começa a ler pra ele.

Depois das primeiras frases, ele a interrompe: Mamãe, para de ler. Tu não tá vendo que eu tô com problemas?

Filosofando...

Bombom pra Mamãe:

- Pensei em uma frase bem bonita!
- Ah, é, qual é a frase?
- Os que dizem são pedras. Os que não dizem são estrelas!
- Por que tu pensou isso?
- Ah, foi pra te agradar...

Coraçãozinho apertado

No início do mês, Papai foi viajar para o Rio, a serviço, e conseguiu voltar antes do previsto. Bombom ficou contente. Mas, à noite, Papai lhe explica: - Voltei mais cedo, pra ficar mais um pouco contigo, mas, no domingo, o Dadá vai viajar de novo, filho.

Bombom não diz nada, mas vira o rostinho pro outro lado, como a esconder do Papai.

Este observa, com o coração dolorido, que Bombom está com os dentes cerrados, contendo-se, e as lágrimas rolam com força...

Dia das Mães com tédio

Ontem foi o Dia das Mães. Vovó Tetê ligou pra casa do Bombom. A empregada, Fátima, atende (de registrar que Fátima é chamada, em off, de Ogro. E em on, de Princesa Fiona...).

Ela passa o telefone pro Bombom, que resmunga, entre dentes:

"... liz Dia das Mães".

O que foi, Bombom? pergunta Vó Tetê, e ouve, no tom mais entediado do mundo:

"Feliz Dia das Mães".

Depois: "A Fátima já me mandou três vezes dizer isso no telefone! Eu odeio a Fátima!"

Seis de Maio de 2010

É hoje! 6 de maio! 4 anos do Bombom!

Dodói

Hoje Bombom está meio dodói. À tarde, veio pra casa da Vó Tetê, ao invés de ir pra escolinha Doce Mel. Teve um pouco de febre, ficou meio sonolento, mas tomou o antitérmico e já melhorou. Convidou pra ir à locadora comprar (alugar ainda não é uma idéia muito clara pra ele) o dvd "9-A Salvação", que ele já viu em casa, mas queria mostrar como era legal.
É legal, mesmo. Em alguns momentos, ele coloca as mãozinhas na frente dos olhos, dizendo que não quer ver porque é muito assustador.
No final, Vovó comenta sobre os fantasminhas dos personagens, que surgem como silhuetas finas, luminosas, e ele corrige: Que fantasma? É a alma deles!
Nada como ainda não ter assimilado os conceitos de civilização judaico-cristã, pra poder ser tão seguro frente a almas e fantasmas...

Homenzinho ao telefone

Semana da Páscoa, Bombom está passando a quinta-feira na casa da Vó Tetê. Os dois estão sentados no sofá, conversando. O telefone toca, é Mamãe, e quer falar com Bombom. Vovó, antes de passar o celular pra ele, coloca no viva-voz, para facilitar.

Mamãe conversa e, antes de se despedir, fala: - Não conta pra Tetê o nosso segredo!

Ele fica nervoso, percebendo que Mamãe não sabe que a Vó está ouvindo. Diz, com ar preocupado: - Tá bem, tá bem, mas não fala mais!

Ela insiste: - Não conta nosso segredo dos bolinhos que a gente vai fazer! Ele, já com a testa franzida, olhando sem jeito para a Vovó: Tá, não fala mais isso!

Mamãe: Ué, só tô falando pra ti! Ele, desistindo, nervoso: Mãe, vou desligar, tchau!

E larga o telefone, rápido, verdadeiramente sem jeito, igualzinho a um adulto na mesma situação...

Colinho amado

Bombom para Mamãe: Eu não quero crescer!

Mamãe: Ué, mas crescer é legal, ficar forte e grande!

Bombom: É, mas eu não vou querer crescer!

Mamãe: Por quê, Bom?

Bombom: Porque daí não vou mais caber no colo do Dadá (o Papai)...

Coisa mais querida 2

Vovó busca Bombom na escolinha e os dois vão pegar o mano Conrado no colégio.

Quando encontra o irmão, corre feliz para abraçá-lo, os dois vêm para o carro e Conrado entra na frente.

Bombom reclama: Vem atrás comigo! Conrado não quer. Ele insiste: Senta comigo aqui atrás! Conrado argumenta: Mas aí atrás eu fico enjoado! A insistência persiste.

Conrado não compreende: Mas pra quê, Bom, pra quê tu qué que eu vá atrás?

Bombom: É pra eu poder... te abraçar!

Coisa mais querida

Bombom, Mamãe e Dadá no carro estacionado. Ele, no banco de trás, pede: Dadá, dá um beijo na Mamãe. Dadá e Mamãe trocam um beijo gostoso. Ele assiste e aprova: Hmmm, assim é que eu gosto, com muuuito amor!

Vovó aposentada é isso...

Primeiros dias de aula, Bombom às vezes faz drama para não ir à escolinha. Não vou, não vou e não vou!

Mamãe insiste. Ele inventa mais uma condição: Só vou se a Tetê me levar! Mamãe explica: Hoje a Tetê não pode, ela está trabalhando.

Ele, cheio de si: Não, ela tá aposentada.

Mamãe, surpresa com o conhecimento trabalhista da fera, explica: Sim, ela está aposentada, mas tem outras coisas para trabalhar em casa.

Ele, definitivo: Não, aposentada não trabalha!

Unhappy end: foi pra escolinha sim, com Mamãe e com beiço...

It's not for me...

Thomas trouxe o livro de mitologia para Conrado e a esposa trouxe para Bombom um belo painel com os números em inglês, de 1 até 10.
Ele desdenha, de imediato, : Isso é pra bebês!
Ela se conforma: Ok, da próxima vez, trago pra ti uma enciclopédia...

Nº 1 – = One Nº 2 – =Two
Nº 3 – = Three Nº 4 – = Four
Nº 5 – = Five Nº 6 – = Six
Nº 7 – = Seven Nº 8 – = Eight
Nº 9 – = Nine Nº10 –= Ten

Preocupação Existencial

Bombom, Conrado e o primo Euro estavam olhando o livro que Conrado acabara de ganhar do Thomas, amigo do Dadá. Era sobre Mitologia Grega, falando dos deuses do Olimpo. Conrado e Eurinho quiseram saber como é que era, mesmo, essa história de seres mortais e imortais.

Mamãe tenta ser suave: Bom, os mortais são as pessoas como nós. A gente nasce, vai crescendo, depois vira adulto e... morre.
Conrado e Eurinho se conformam, sem questionar.
Bombom se depara com a primeira crise do sentido-da-vida.

(Aos berros): Não, isso não vale! Não tem graça! Eu não quero que isso aconteça! Por que a gente vai viver, então, se vai morrer no final?

Pequeno Édipo

Esta aconteceu ainda em fevereiro, nos feriados de Carnaval, na praia:

Mamãe tinha programado levar as crianças ao baile de Carnaval, no dia seguinte. À noite, na TV, Bombom olha um desfile de escola carioca e observa: Mãe, por que as mulheres estão todas peladas? Mamãe tenta relevar: Bom, elas não estão peladas-peladas, estão com uma fantasia, no Carnaval as pessoas saem assim... Depois de observar a tela por mais uns instantes, Bombom dá vazão à sua real preocupação:
Mãe, amanhã tu não vai no Carnaval, né?

Na Escolinha

Bombom agora está na escolinha. Não estava muito a fim de ir. No primeiro dia, Mamãe levou-o, tentando falar das coisas boas da escola e ele só retribuía com comentários leves, tipo: "Eu vou quebrar tudo naquele colégio. Eu vou botar fogo no colégio, vou queimar tudo lá dentro!"

Pobre Mamãe...

Chegando lá, ele acabou se acostumando e gostando. A profe entregou papel e lápis para desenhar, depois voltou para ver o que Bombom tinha feito. Na folha de papel, traços coloridos vermelhos, fortes. Ela elogia, inocente: " Que lindo o teu desenho!" Ele explica, ainda com o espírito de destruição de antes: "São lavas queimando. A cidade está pegando fogo!"

Ai ai ai ... Pobre profe...

Palavras cruzadas em família

Na praia, Torres, Dadá, em momento de descanso, faz Palavras Cruzadas. Bombom se interessa e quer fazer, também.

Mamãe se oferece: Essas são muito difíceis, vem cá que faço outras pra ti. E inventa perguntas que lhe vêm na cabeça, anotando as respostas em um livro imaginário:
Mamãe: Qual é o formato da Terra?
Bombom: Redondo.
Mamãe (inspirando-se no caminhão de lixo que passava na rua): Como se chamam as pessoas que recolhem o lixo?
Bombom: Lixeiros.
Mamãe: E as pessoas que apagam incêndios?
Bombom: Bombeiros.
Mamãe (já sem muita imaginação, olha para Dadá -fotógrafo- ao lado e lança): Como se chamam as pessoas que tiram fotografias?
Bombom, com sorriso carinhoso no rosto: Pais!

Imaginação tem limite

Bombom e a prima Clara brincam no pátio. Clara faz bolinhos com terra e água e oferece: Agora, vamos comer esses bolinhos!

Bombom, mais acostumado às lides do jardim, a traz para mais próximo da realidade:

Não, isso é remédio pras plantas!

Fera bela

Mamãe foi passar uns dias na praia, Torres, com Bombom e Conrado. Todas as manhãs, ao seguirem de casa para o mar, passavam por um grupo de tatuados que ficavam zoando com Bombom:
- Olha que guri cabeludo, olha os cabelos dele etc.
Até que um dia Bombom ficou irado. Parou e encarou os marmanjos com o cenho franzido, a boca e o nariz formando um bico e os músculos retesados.
Mamãe estranhou: Que é isso, Bombom?
Ele, desarmando a carranca: Ah, é só pra assustar eles...
Quem teria coragem para avisá-lo de que aquela suposta cara feroz e horrenda, na verdade, não passava de um rostinho fofo?

Espertinho

Vovô e Bombom passeiam pela orla do Gasômetro. Vovô junta uma pedra do chão, que atrapalha a passagem, e a segura na mão, buscando um lugar para largá-la.

Bombom pergunta: O que tu vai fazer com a pedra?

– Vou botar no lixo.

Bombom, que já reconhece, em casa, os cestos para lixos seco e orgânico, pergunta: Que lixo? Vovô, não encontrando cesto de lixo adequado, se esquiva: O lixo das pedras.

Bombom não perdoa: Por que tu fica dizendo essas bobagens?

Aqui e lá

Em 2009, Bombom frequentou a Ginástica Olímpica, no clube União. Terça e quinta de manhã, ele vai com Mamãe e fica aprontando na aula, foge a toda hora e vem falar com Mamãe.
Ela: Volta pra aula!
Ele (desconversando): Só quero te fazer umas perguntinhas... E inventa qualquer coisa, enrolando até ser convencido a voltar aos exercícios.

Uma quinta à noite, em casa, Mamãe, querendo conversar sobre o assunto, pergunta:
-Tu tá na Ginástica Olímpica, né, Bombom? Ele: Não!
Mamãe: Tu tá, sim. Ele: Não!
Mamãe (achando que ele já estava tentando negar a aula, reage):
Tu não tá na Ginástica Olímpica?! Ele, com riso maroto: Não, tô aqui no quarto, contigo...

Exclusividade

Dadá estava contando alguma coisa meio exagerada, e Mamãe reclamou:

Ah, não inventa, Gabi!

Bombom apoiou:

É, não inventa, Dadá. Deixa que eu invento!

Mais um recado

Bom, a Vovó resolveu começar a colocar em dia a produção do neto.
Os próximos posts estarão em ordem cronológica apenas relativa...

Recado da Vovó

A blogueira anda relapsa. Peço desculpas. Ou nada desculpa isso? De qualquer modo, informo que a ausência não se dá, absolutamente, por carência de produção de histórias do Bombom. Vovó é que anda meio (?) devagar.
Sei lá, passou Natal, Fim de Ano, parece que o cansaço do ano se instalou, não sobrando muita energia nesses primeiros dias de 2010. Prometo remediar a situação. Breve.