Temporada na Vovó 2

Bombom na casa da Vovó:
a- Tentando se enturmar:
Conrado e o amigo José estavam no videogame. Bombom fica enciumado, tenta participar, eles não deixam, propõe outra brincadeira e diz: Vou lá pro terraço. Depois vocês me chamem.
Conrado e José mal ouviram, fixados na tela.
Bombom não se faz de rogado. Dali a um minuto, entra na sala e pergunta: Vocês me chamarEM?
Apesar da insistência e da flexão verbal mista de interrogação e afirmação, eles nem aí, Bombom desistiu.

b- Tentando racionalizar:
No sábado à noite, a segunda noite sem mamãe e papai, Bombom tenta racionalizar a saudade de casa.
Pergunta: Tetê, eu vou dormir na tua casa hoje? - Sim, vai.
- A tua casa é legal, né?
E, depois de refletir um pouco, chega a uma conclusão autoapaziguadora:
- A minha casa é muito idiota. É só uma casa amarela idiota...

Temporada na Vovó 1

Entre sexta e segunda-feira da semana passada (de 18 a 21/9), Bombom e Conrado ficaram na casa da Vó Tetê, porque Mamãe e Papai viajaram ao Uruguai (aniversário da Vó Kika) e acharam que a viagem seria muito longa e o tempo muito curto para levá-los. Conrado adorou, pois odeia viagens longas; Bombom ficou tentando gostar também, embora pressentindo que iria sentir saudades.

Na tardinha do segundo dia sem os pais, Vovó e Bombom foram ao supermercado. Na volta, Bombom no banco de trás, falando coisinhas. De repente, Vó escuta ele dizer, baixinho, como se pra ele mesmo: - Tô sentindo falta da mãe!

E seguiu conversando. Vovó fez que não ouviu nada, continuou a dirigir, mas o coração estava em pedaços, assistindo àquela tentativa precocemente madura de aceitação da ausência. Ô judiação!

A ferramenta certa

Bombom quer-porque-quer tirar o bonequinho preso numa base de plástico.

Vovó puxa, puxa, mas não consegue. – Bombom, vou buscar uma coisa pra nos ajudar.
Vovó vai à caixa das ferramentas, pega um alicate e tenta mais um pouco.

Bombom, conferindo, comenta: - Hmm, alicate! Esta é a ferramenta adequada!

Questão de tamanho

Vovó foi com Bombom a uma loja. Na saída, a moça diz a ele: Tchau, bebê.

Ele, que já estava na porta, volta e diz, com cara fechada: Não sou bebê.

Ela retruca: O que tu é, então?

Ele, sério: Eu sou um menino. Um menino médio.